Atualmente, os mercados estão cada vez mais competitivos em decorrência do aumento e da diversidade da oferta ao alcance dos consumidores, dos altos níveis de incerteza em relação ao futuro, do aumento da produtividade e da maior exigência do cliente. Para se diferenciarem no mercado, as empresas precisam buscar a inovação, seja através de um novo produto, de uma nova maneira de se relacionar ou proporcionar experiência ao consumidor .

A inovação, se conduzida com ferramentas, metodologias e a cultura correta, pode diminuir as incertezas e tornar as empresas diferenciadas e mais competitivas em seus mercados de atuação, além de garantir níveis mais elevados em relação à satisfação de seus clientes, colaboradores e fornecedores.

Mas e na prática, como garantir as condições necessárias?

Bom, vamos começar com o básico. As pessoas que estão atoladas em trabalho, com prazos irreais e lidando com muita burocracia interna, não tem tempo, nem cabeça, nem energia para serem criativas e tentar coisas novas… Por quê? Porque tentar coisas novas, em geral, leva mais tempo que que aquilo que fazemos com frequência (pelo menos, nas primeiras vezes), porque tentar coisas novas tem um maior risco de erro e retrabalho (mais tempo gasto, novamente). E essas pessoas não tem o tempo ao seu favor…

Então, eu começaria com desburocratização interna, prioridades claras e alinhadas e prazos realistas…

Burocracia não gera valor. Muitas vezes justificada pela necessidade de controle, ou, simplesmente para se assegurar no futuro caso algo dê errado, ou haja questionamentos, etc, etc… Mas na verdade, estamos falando de outras coisas. Falta de confiança, falta de alinhamento, falta de conhecimento, aversão ao risco e até mesmo, complacência para corrigir comportamentos indesejados quando necessário. O que gera valor é tratar as causas e não as consequências, muito mais valor do que só reduzir a burocracia.

Já as prioridades são outro dilema… Pensemos em nós mesmos. Em geral, nossas prioridades pessoais giram mais ou menos em torno de família, saúde e trabalho, certo? E quão fácil tem sido para você equilibrar estas prioridades? Não é impossível, mas requer dedicação, disciplina, certo? Ok, então temos 3 prioridades que dão um certo trabalho para balancear. Agora imagine 10 “prioridades”…. Pois é, algumas pessoas tem esse tipo de lista de prioridades no trabalho (não culpe o “VUCA World” pela sua falta de foco). Aí está, foco ajuda as pessoas a pensarem mais e melhor sobre uma iniciativa, um desafio, dando mais chance para a criatividade “dar o ar da graça”.

E junto com isso, vem o tabu dos prazos realistas. Os prazos realistas devem considerar não só o tempo para executar as atividades do projeto em questão, mas a competição por recursos com outras atividades que também estão na lista de prioridades e na burocracia a ser realizada para “controlar” tudo….

Veja que círculo vicioso… Somando-se a isso a insatisfação de não corresponder às expectativas…

Agora, saindo do básico, conhecimento, autonomia, apetite ao risco completam o caminho para fomentar a inovação.

Conhecimento, artigo de luxo que é desvalorizado por muitos chefes, é a base para se beneficiar das ferramentas e das metodologias processo de inovação. Somente com alto nível de conhecimento é possível analisar cenários, entender riscos, montar planos de mitigação e fazer trade-off’s corretos para obter a melhor relação entre tempo, custo e risco para uma inovação bem sucedida. “Fazer menos, mas fazer melhor” aumenta exponencialmente as chances de sucesso. Lembrando-se sempre de não burocratizar os processos, metodologias e etc… O conhecimento também pode ajudar a simplifica-los ao que realmente faz diferença.

A autonomia também contribui nesta linha, deixe as pessoas fazerem bem suas funções, aquilo que elas sabem, provavelmente melhor que você (se não, repense suas contratações). Destrave o caminho delas em vez de sobrecarregá-las com controles e, principalmente, com o seu jeito de fazer as coisas. Você deveria estar fazendo outras coisas, se não alguém está sobrando… Dê clareza ao seu time, mantenha-os alinhados, informados e suportados para obter o melhor deles.

E por último, mas não menos importante, abrace os riscos, aceite os erros e aprenda com eles. Quem não erra não está se desafiando o suficiente… E para inovar é preciso desafiar o status quo!

Venha entender como a K3Coaching & Training pode ajuda-lo a destravar os caminhos da inovação na sua empresa.

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